quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Passeio de escuna em Angra dos reis com os amigos.‏

O Marcello Maia tinha me convidado para esse passeio, eu já tinha comfirmado presença, mas na última hora quase que desisti de ir, pois havia pedalado 100 kms e escalado uma montanha (Pedra Selada ) no dia anterior, estava tão cansado que achei que não teria forças para pisar no acelerador, mas logo em seguida caí na real que Angra dos reis, com suas 365 ilhas é um paraíso no qual eu já não ia há um bom tempo, e com certeza eu não poderia perder esse passeião em hipótese alguma, além do mais eu já havia prometido que daria carona a 2 amigos, e seria muito feio da minha parte se eu deixasse furo. No dia e hora, anteriormente marcados, nos reunimos no Bobs e seguimos para angra, comigo foram o Renato Pereira, o Jerônimo e o Henrique (filho da Márcia). O combinado era os 3 carros (do Jefferson, Alexa e meu) irem juntos, mas logos nos primeiros kms o "Jefferson Barrichello" e a "Alexa Schumacher " (pés de chumbo) pisaram fundo no acelador e sumiram de vista, só fui conseguir alcançá-los lá em Lídice. Chegamos um pouco atrasados no cais, onde nos reunimos com o Marcello e demais amigos, chegando lá ainda tivemos que esperar mais um pouco, pois algumas pessoas que iriam conosco também se atrasaram. Finalmente inciamos nosso tão aguardado passeio, a escuna filho do sol ( http://escunafilhodosol.blogspot.com/) era muito grande e confortável e o capitão Pazza, sua esposa Rosane e o ajudante eram muito legais, simpáticos e atenciosos, ficamos muito a vontade. O dia estava perfeito, claro e ensolarado o que tornava a região ainda mais bonita. Nosso primeiro destino foi a lagoa azul, demorou um pouco para chegar lá, mas foi ótimo, durante o percurso fomos apreciando o mar e as ilhas ao redor e aos poucos, fomos nos conhecendo, e as pessoas se entrosando e descontraindo (Posteriormente alguns se descontraíram até demais). A lagoa azul é muito bonita, muito clara e límpida e dá para ver perfeitamente os peixes, é como se estivéssemos mergulhando dentro de um aquário (mas só tem peixe manso...nada de tubarão), na escuna tinha máscaras, snorkels e bastante spaguetes, e assim sendo a galera não perdeu tempo, pularam na água e se divertiram bastante, nadando, mergulhando e observando os peixinhos, os peixes e o peixões. Eu, que adoro um bom mergulho, estava super ansioso para pular na água, mas infelizmente fui com tanta "sede ao pote", que esqueci de fechar a boca e acabei, sem querer, engulindo quase um litro de água salgada, mas tudo bem, nada grave, e eu para não passar vergonha disfarcei bem e quase ninguém notou. Ficamos por ali, por um bom tempo, nos divertimos muito, foi uma festa, tudo bom demais. Depois seguimos para a praia de Japariz, onde seria nosso almoço. O local que fica na ilha Grande é muito bonito e tem vários restaurantes, almoçamos bem e após isso ficamos conversando na sombra, naquela altura do passeio a galera já estava bastante descontraída (eu inclusive) e além disso as cervejas já estavam começando a "fazer efeito", todos estavam bem "animados", mas, como sempre acontece um dos "mais animados" de todos era o Jerônimo, contou muitas piadas e histórias, inclusive de gaúchos e também de "gayúchos", contou até para o capitão da escuna (que era gaúcho), ficamos preocupados dele se ofender, ficar com raiva e jogar a gente no alto mar ou em algum ponto infestado de tubarões, mas felizmente ele não era de Pelotas, e sim de Itaqui, e por isso levou tudo na brincadeira. A certa altura o Marcello Maia, que também estava "descontraidíssimo", resolveu vestir um "shortinho sensual e pôs uma bolsa a tiracolo", se abraçou ao "Mozão " (Jerônimo) e assim improvisaram um pequeno "bloco das piranhas", as 2 "beldades" sairam desfilando agarradinhos pela praia, foi muito divertido, muito engraçado, todos gostaram muito, mas enfim o desfile dos dois foi curto... porém meteórico. De repente apareceu na praia um homem segurando 2 peixes enormes, como gosto de tirar fotos, ví alí uma execelente oportunidade, não perdi tempo, pedi os peixes emprestado por alguns instantes, o dono dos peixes ficou um pouco desconcertado e espantado, pois até então só vendera o peixe, essa foi a primeira vez que "emprestou" o peixe, (emprestou para mim e para a Márcia), mas valeu a cara de pau, as fotos ficaram ótimas. Depois disso seguimos para freguesia de Santana, que não era muito longe dali, dessa vez como já haviam muitos barcos e escunas ancoradas, não houve como parar muito perto da praia, mas sem problemas, pegamos os spaguettes, pulamos na água e nadamos em direçaõ a ilha, foi fácil, pois a corrente estava a favor. Tomamos banho, mergulhamos, e eu até resolvi tomar um banho de areia fina, foi ótimo, faz uma exfoliação natural, deixa pele mais bonita, combate o stress do dia a dia e além disso não há "caraca", por mais antiga e entranhada que esteja que resista. Depois disso eu, Márcia, Alexa, Jerônimo, Jefferson e amiga, resolvemos entrar numa trilha e ir conhecer a praia da Baleia, muito legal, muito bonita essa trilha, e no trajeto ficamos conhecendo uma igrejinha muito antiga (170 anos), muito bem preservada, pena que não deu para conhecer por dentro. Bem ao lado da igreja existe um cemitério, não teve jeito, para seguir em frente tivemos que passar dentro dele, e inclusive pisar em cima de algumas sepulturas, fiquei um pouco sem graça e até constrangido, pois essa foi a primeira vez em minha vida que fui ao cemitério usando sunga. Chegamos na praia da baleia, também muito bonita, logo de cara já encontramos com um senhor que estava "bem pra lá de bagdá" pois já havia "secado" uma garrafa da famosa pinga "Salinas" (do norte de minas), deu dó de ver o estado do pobre homem, que falava sem parar, tendo, ao seu lado, por única companheira e ouvinte a garrafa vazia, mas é isso aí: a bebida está sempre presente e se encaixa em todas as situações, se bebe para comemorar, se bebe para esquecer, se bebe para esquentar e também para se refrescar e como diz o ditado: "Eu bebo sim, estou vivendo, tem gente que não bebe e está morrendo." Enquanto estávamos lá, o Jerônimo pediu sugestões de piadas para contar ao dono da escuna, eu sugeri a piada da "calcinha apertada", mas logo em seguida a Alexa sugeriu uma ainda melhor, a do "gaúcho de bota lustrada", ambas as piadas eram muito boas embora "um pouco sujas e pesadas". Mas enfim, foi eleita por unanimidade a piada do "gaúcho de botas lustradas", uma interessante e divertida história sobre um gaúcho espertalhão que usava botas tão lustradas que chegavam a refletir como um espelho, e ele se utilizava desse "reflexo" para descobrir a cor das calcinhas das mulheres com quem dançava nos bailes, era tão esperto que antes da dança apostava dinheiro com as mulheres dizendo que "adivinhava" a cor das calcinhas que elas estavam usando, é óbvio que ele sempre ganhava as apostas, ganhou muito dinheiro às custas das mulheres incautas, até que um dia se deparou com uma que era bem mais esperta que ele, e ele acabou se dando mal.... (Obs. o desfecho da história é bem "pesado", não dá para contar aqui, caso tenham curiosidade perguntem ao Jerônimo). Escolhemos a piada da "bota lustrada", mas pedimos (ou melhor dizendo: exigimos) do Jerônimo que só a contasse quando já estivéssemos de volta ao porto (por medida de precaução ). Nos distraímos um pouco na praia e acabamos, sem querer, atrasando a saída da escuna, o Marcello veio atrás de nós e voltamos rapidamente e chegando na praia ainda tivemos que nadar rápido para embarcar de volta. Dali seguimos para a ilha cataguazes, que seria nossa última parada antes do retorno, durante o trajeto muitos já mostravam sinais de cansaço e por isso deitaram e dormiram nos colchonetes do convès, os mais animados seguiram se divertindo, destaque para as crianças, que não sossegaram um segundo seguer, brincaram muito e estavam bem a vontade na água, não tinham medo, pareciam peixes, alguns nem usavam o spaguetti. A certa hora alguns dos passageiros resolveram tomar o lugar da tripulação e "assumiram o controle" da embarcação e vários deles posaram de timoneiro, tudo registrado em fotos, eu, Márcia e Henrique ainda tivemos disposição de dar uma de "Leonardo de Caprio" e "Rose"(do filme Titanic ), foi bem difícil manter o equilíbrio na hora da foto, pois o barco balançava muito, e o assoalho estava escorregadio, eu mesmo levei um escorregão e quase fui ao chão, mas afinal, após algumas tentativas acabamos conseguindo encenar nossas poses e tirar as fotos ( Ahhh... o que eu não faço por uma boa foto). Chegamos em cataguazes, essa ilha é bem pequena, praticamente um banco de areia com vegetação no centro, muito linda. Só que dessa vez, só vimos de longe, pois estava muito congestionada de pessoas (acho que não cabia nem mais um siri de tanta gente que tinha) e também por embarcações, não havia como se aproximar muito, não havia nem como chegar nadando usando os spaguettis pois a correnteza estava muito forte e no sentido oposto a praia, mas não houve problemas, nos divertimos assim mesmo, iniciamos um campeonto informal de mergulho e mandamos ver, a princípio foi um festival de " barrigadas", a galera estava meio receosa pois antes de dar o mergulho tínhamos que nos equilibrar na proa do barco, que balançava muito devido as ondas, e além disso a madeira estava escorregadia, dava até um pouco de medo, mas logo pegamos o jeito, perdemos o medo e acabamos por fazer "lindos" saltos e mergulhos, dignos até de figurarem em campeonatos de " salto ornamental". Foi tudo muito bom, tudo muito legal, o dia estava perfeito, as ilhas lindíssimas mas com certeza as pessoas presentes foram o melhor de tudo, uma turma muito legal e animada, nos divertimos num clima de muita alegria e descontração o que fez com que nosso passeio se tornasse ainda melhor. Mas enfim retornar era preciso. Seguimos em direção a angra e fomos desfrutando dos momentos finais de nosso passeio. Nessa altura do dia o sol já estava começando a se por, e nos brindou, em nossa despedida, com um visual muito bonito que se refletia nas águas do mar. Valeu cada momento, foi ótimo, gostamos muito, mas acabou se o que era doce e ainda ficamos com gostinho de quero mais.. Chegamos no porto, tiramos as fotos finais, nos depedimos de todos os amigos, e retornamos para casa, cansados mas felizes pelos ótimos momentos que passamos.

2 comentários:

Escuna Filho do Sol disse...

Olá amigos, Jorge,
nós da escuna Filho do Sol estamos muito agradecidos e satisfeitos de o dia ter sido maravilhoso, aqui no mar em Angra dos Reis... aguardamos o retorno de vcs, e assim que pudermos estaremos em Rezende de bike para curtirmos o que mais apreciamos na vida_ a nossa Natureza. Um grande abraço de seus amigos amantes da BIKE _Nane e Pazza. Valeu Jorge! as fotos ficaram ótimas. Salve! Salve!

Michel Schanuel Girardi disse...

Angra é show de bola! Agora tem que voltar lá pedalando Jorge! rsrs

Abraço!