domingo, 28 de fevereiro de 2010
Minhas solitárias pedaladas...
Acordei bem tarde, lá pelas 10:30, não deu nem para ir ao parque das águas e assistir a largada da copa agulhas negras de mtb. A princípio pensei em não sair de casa, não estava chovendo, mas estava bem nublado, até um pouco frio, na realidade um dia bem feio e triste, ideal para ficar dentro de casa e desfrutar do aconchego do lar. Acontece que já acostumei de tal forma com meus passeios de domingo, que, se eu não for, eu fico chateado e inquieto, parece que falta alguma coisa, assim sendo pus o comodismo de lado e saí para um pequeno e breve passeio, minha intenção era ir apenas até a capelinha e voltar, e assim fiz, fui bem e cheguei lá rapidamente. Na capelinha fiz um breve repouso, tomei um café e após isso iniciei meu retorno, mas, assim que dei as primeiras pedaladas em direção a serrinha me deu um "repente" e na mesma hora decidi dar meia volta e seguir em direção a estrada de terra que vai até a Vargem Grande e de lá retornar para Resende. Segui em frente, foi tudo bem, nem me cansei muito pois o dia estava fresco e não havia sol. Na altura do bonsucesso começou uma chuva fraca, porém persistente, até pensei em desistir de ir até vargem grande, e ao invés disso, cortar caminho pela pinguela e sair na ponte de arco, mas pensei melhor e desisti de fazer isso, pois afinal de contas eu não sou feito de açuçar para ter medo de água e além do mais eu queria fazer exercício porque já fazia uma semana que não pedalava. Segui em frente, enfrentei bravamente as inúmeras e íngremes subidas, tendo sempre, por única e fiel companheira a chuva, mas estava bom, na realidade para mim estava ótimo: Chuva sobre a cabeça, lama, na medida certa, sob as rodas e além disso essa estradinha rural é um delícia, muito bonita, parece que foi feita sob medida para os ciclistas, por mais que pedale ali, nunca me canso. Aproveitei para pensar um pouco na vida, colocar as idéias em dia, e também para apreciar a natureza ao redor, que dessa vez se apresentava de uma maneira diferente, um pouco sombria e tingida de cinza pelas nuvens carregadas. Quando já estava próximo a Vargem Grande a chuva engrossou, ficou forte e assim ficou até a minha chegada em Resende. Em certos trechos pedalei com muito cuidado, pois na estrada haviam muitos trechos extremamente lisos e escorregadios, mas foi tudo bem. Pedalar debaixo de chuva, tem lá seus encantos, eu acho legal, não saio com chuva, mas, se por acaso a chuva me pegar no meio do caminho eu não ligo, até gosto. Tem gente que diz que "a chuva lava a alma", eu não sei dizer o porquê, mas a verdade é que um banho de chuva deixa mesmo agente mais tranquilo, alegre, eu diria até feliz, talvez seja porque a gente volte a ser criança por alguns momentos. Mas enfim fui sob chuva até Resende, foi bom, cheguei em casa "ensopado", mas feliz.
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3 comentários:
Eu pedalava muito sozinho quando morava em Petrópolis, aqui em Volta Redonda sempre tem um doido pra me acompanhar! rsrs
Foi melhor do que ter ficado em casa, rendeu boas fotos!
Abraço!
Valeu Michel !!! Seus comentários são sempre muito bemvindos. Quando comecei a praticar MTB também pedalava muito sozinho, mas felizmente logo fiz muitas amizades, todos me receberam muito bem , e hoje sei ,com certeza , que passear de bike é bom,mas passear com os amigos é ainda melhor. Mas enfim : "ANTES SÓ...DO QUE PARADO."
olá que linda essa região onde vc mora. Faz bem em aproveitar: debaixo de chuva, sozinho, seja como for. Estou tão fora de forma que não consigo mais acompanhar meu grupo, vou me lembrar dessa sua frase "antes só...do que parado" e sair mais vezes. Muito simpático o seu blog, um abraço e ótimas pedaladas!
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