sábado, 6 de maio de 2017

Existe um mundo bonito lá fora , saia da zona de conforto e aventure-se. Cachoreirão de Carlos Euler e cachoeira do escorrega num prazo de poucos dias


   Sempre gostei muito de estar em meio à natureza e quando descobri o mountain - bike foi paixão à primeira vista  porque a bicicleta de montanha é versátil e possibilita atividade física integrada com a natureza, sendo assim  vi na bike  a possibilidade  de praticar um esporte  que exige bastante fisicamente , mas que por outro lado  permite que eu vá longe  dentro de um tempo relativamente curto  e assim possa desfrutar das inúmeras belezas naturais de nossa região.  Comecei devagar e aos poucos ,graças aos incentivos do amigos  , acabei indo cada mais longe e fiz alguns pedais memoráveis que renderam momentos divertidos, boas recordações e , é claro, alguns perrengues quase sempre superados. Devido as inúmeras aventuras ao longo desses anos  posso afirmar que conheço bastante  a região , mas mesmo assim , apesar de já ter pedalado muito por aí , tanto só quanto na companhia dos amigos ,  ainda restam  lugares  inéditos esperando pela minha visita e dois desses lugares ainda não conhecidos por mim eram a cachoeira do escorrega no espraiado e o cachoeirão de Carlos Euler, ambas situadas no município de Passa Vinte mg , uma simpática e bonita cidadezinha  que fica próximo de Resende rj.  cidade onde moro.
Pois bem , conhecer essas 2 cachoeiras  de bike seria um desafio bem legal , mas que exigiria um bom preparo físico, disposição  e muita raça  Um pouco de falta de juízo, especialmente quando pedalamos só , nesses casos também é bom  porque se ficarmos pensando muito , principalmente na dificuldade do trajeto e no cansaço  a gente nem sai de casa.   Porém no meu caso , felizmente , não sou de ficar pensando muito, decidi sair e conferir na prática o que me aguardava.     Dei sorte porque  tivemos muitos feriados e eu estava  bem fisicamente  e sendo assim não havia desculpas  decidi aproveitar os dias livres  pra conhecer as duas novas cachoeiras num curto espaço de tempo. Felizmente deu tudo certo , cumpri meus objetivos e conheci os lugares que queria.  Seguem pequeno relato e algumas fotos para que saibam como foi.
CACHOEIRA DO  ESCORREGA :  essa cachú , apesar de ter o mesmo nome , não é tão famosa nem tão vistosa  e frequentada quanto àquela de Maromba na região de visconde de Mauá,  muito pelo contrário é desconhecida  e  parece que os donos e moradores da região  preferem que continue assim  mesmo, pois pra chegar lá não tem nenhuma placa indicativa e o acesso é feito pulando se  uma cerca trancada com corrente e cadeado.    Chegar lá, de bike, à partir de Resende é relativamente fácil pois o único subidão de responsa ao longo do caminho é o do serrote que é cansativo porém curto , de resto são subidas suaves e de brinde o belo visual da serra da carapuça ao longe , no distrito do espraiado onde se localiza  a cachoeira .  É uma cachoeira bonita, tem pouco volume de água , no entanto as pedras e o pequeno poço e escorregador natural fazem um belo visual.   Eu gostei !
CACHOEIRÃO DE CARLOS EULER : essa é de longe uma das mais  bonitas  e grandiosa quedas dàgua  que  conheci  porém não foi  nada fácil   chegar lá . Na verdade havia  um bom tempo que estava pensando em conhecer essa famosa cachoeira , mas sempre por um motivo ou outro acaba postergando a visita.   Decidi aproveitar os dias livres pra finalmente realizar o ambicioso pedal , mas mesmo assim posso afirmar que  essa visita ao cachoeirão foi meio  inesperada pra mim porque o dia escolhido para a visita  amanheceu  bastante chuvoso e eu fui pego de surpresa , pensei que o pedal até Carlos Euler  não seria possível, mas mesmo assim, afim de treinar um pouco,  decidi sair de casa e  pedalar até Vargem grande, chegando lá a chuva parou e resolvi esticar até a Fumaça, enfrentei muita lama e chuva fina até chegar lá , mas cheguei.   De lá , após um lanche reforçado , novamente mudei de idéia e optei por pedalar mais alguns kms visto que a chuva havia parado , seguiria  em frente e fosse o que Deus quizesse.   E assim foi , com  bastante disposição , muita lama  e  ameaça de chuva a cada instante acabei  alcançando o sopé da serra da carapuça , onde após alguns  momentos de dilema  e indecisão acabei por deixar  os receios em relação as condições climáticas de lado e optei  por  pedalar  fortemente e  enfrentar o famoso subidão da serra da carapuça  e assim alcançar Carlos Euler , lugarejo onde se localiza o cachoeirão.    Na verdade naquela altura dos acontecimentos  eu e minha bike já estávamos totalmente sujos de barro , e apesar de estar cansado  devido a lama e terra molhada que deixou o pedal mais pesado , estava com o corpo aquecido e  pensei comigo mesmo que algumas horas a mais ou a menos  de perrengue já não fariam tanta diferença.    Segui em frente e acima , enfrentei a serra , subi bem e relativamente rápido  porque  não havia sol e a temperatura  estava um pouco baixa,   fatores esses que facilitaram  muito meu pedal.    Assim que alcancei o trecho calçado, logo após atravessar a linha de trem , fiquei super feliz  porque sabia que havia chegado.    Em Carlos Euler não perdi tempo ,  fiz apenas um lanche rápido porém substancioso, a fim de recuperar as energias consumidas na subida da serra , e rapidamente segui em direção à cachoeira.    Pedi algumas informações , atravessei porteiras trancadas,  enfrentei cerca de 1 km de trilha com muita lama , estrume e mato alto e de repente   avistei parte da famosa cachoeira,  nesse momento percebi que todo esforço valera, e muito, a pena , pois a queda  é belíssima , muito alta ( cerca de 83 metros ), muito larga   e com bastante volume de água , tudo isso em meio a enormes pedras negras e  trechos de mata.   Em resumo: é uma cachoeira alta , numa região alta , certamente valeu a visita e portanto posto aqui algumas fotos para também conheçam , mesmo que virtualmente. 
É isso aí amigos : mais uma vez decidi  sair da zona de comforto , matei minha curiosidade de conhecer lugares novos , entrei naquela estradinha deserta, subi a serra , atravessei o rio , pulei a porteira e entrei nas trilhas da vida e consegui chegar onde pretendia.   Conheci  mais 2  cachoeiras bonita   e superei desafios, o corpo ficou dolorido e o cansaço chegou, mas como sempre ficaram excelentes recordações , boas fotos e aquele gostinho de quero mais .

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Viajem ao Chile , parte 1 : PUERTO NATALES E PARQUE NACIONAL TORRES DEL PAINE.

     O Chile é um país que sempre quis conhecer , um lugar especial não apenas pela incrível diversidade de paisagens naturais , mas também pelo seu povo que são pessoas muito legais, educadas , simpáticas e prestativas, na verdade me senti muito bem lá, foram 12 dias ótimos.é
O ideal seria que pudesse conhecer o país inteiro , de norte a sul , mas como sempre as verbas e o tempo limitado nos fazem cair na real e assim temos que fazer aquilo que é possível.     Optei por fazer uma viagem mais ou menos sem lenço e sem documento, indo primeiro pra Patagônia , mais precisamente pra cidade de Puerto Natales , e lá conhecer em primeiro lugar o famoso parque Torres del Paine, que é considerado um dos mais bonitos do mundo.       Graças a Deus deu tudo certo e após horas de viagens e duas conexões aéreas acabei chegando na Patagônia , mais precisamente na cidade de Punta Arenas, dali seguiria de ônibus até Puerto Natales.   Á medida que o avião descia fui ficando preocupado, pois o cenário em termos de clima era terrível , um céu extremamente cinzento, feio , e pensei comigo mesmo que o mal tempo iria estragar minha viagem,  Assim que sai fiquei ainda mais preocupado e assustado pois além do céu cinzento havia um vento de mais de 200 kms por hora e um frio indescritível , uma chilena que estava perto falou pra eu não me preocupar pois o tempo lá era assim mesmo, e ao longo do dia costuma haver de tudo desde chuva , vento e frio até sol , o que de fato aconteceu, e isso sem falar que o dia dura até quase 11 horas da noite.     Mais algumas horas de ônibus e cheguei já de madrugada na cidadezinha de Puerto Natales, base para se conhecer o parque Torres del Paine.     Aqui uma boa surpresa , era de madrugada, mas mesmo assim eu e outros viajantes pudemos caminhar tranquilos até as pousadas , pois diferente do Brasil não há perigo algum em se caminhar à noite nas ruas, isso sem falar que as poucas pessoas que encontramos pelo caminho foram super prestativas, em nos auxiliar .   Morto de cansado desabei na cama, apaguei literalmente . Apesar do cansaço da viagem acordei relativamente cedo e ao sair da pousada fiquei de queixo caído, havia uma avenida a beira mar com uma vista espetacular , pra todo lado que se olhava haviam montanhas com os cumes recobertos de neve, e bem ao longe uma geleira.    Fiz uma caminhada com muito vento e frio , mas com  vistas lindas , foi um privilégio caminhar nesse lugar.


DENTRO DA IGREJA TEM UM LINDO PAINEL ONDE SE DESTACAM DOM BOSCO E AS TORRES AO FUNDO.
ASSIM QUE ACORDEI, LOGO APÓS O CAFÉ DA MANHÃ, TRATEI DE CONHECER A CIDADE E ME SURPREENDI COM A BELEZA DA REGIÃO.







    MESMO DENTRO DA CIDADE PODEMOS APRECIAR VISTAS MUITO BONITAS.
  1. Não havia tempo a perder , já havia conhecido Puerto Natales e seus magníficos arredores, além disso há havia descansado um pouco.    Sendo assim era hora de conhecer o famoso parque nacional Torres del Paine, o objetivo principal de minha viagem ao Chile.    E assim foi , um dia inteiro dedicado a conhecer esse lugar fantástico onde a natureza caprichou, agora havia um problema , o clima que na Patagônia e totalmente imprevisível, e pode ocorrer de acontecer todas as condições climáticas possíveis num único dia, no decorrer de poucas horas, o que de fato aconteceu.   Atrapalhou um pouco em certos lugares, mas na maioria deles deu tudo certo e pude contemplar  a beleza dos locais.  Não vou falar muito, vou me limitar a postar as fotos e dar o nome dos locais, e ressaltando que as fotos não conseguem de maneira nenhuma retratar a grandiosidade e beleza desse parque , serve apenas para dar uma noção.
     A caminho do Torres de Paine visitamos uma enorme caverna, tão grande que poderia até se construir uma pequena cidade lá dentro.  Chama se cova do milodon, sendo que milodon é uma preguiça gigante que existia há milhões de anos nessa região , e foi encontrado um esqueleto dela dentro dessa caverna.
     A entrada da caverna é enorme .

    O parque fica bem longe da cidade , cerca de 150 kms de distância , sendo que o principal atrativo são as torres , mas existem inúmeras outras atrações , lugares muito bonitos , que tive a sorte de conhecer , em alguns não deu pra apreciar tão bem porque na Patagônia quem manda é o tempo, que costuma ser bem instável .    A primeira parada foi no salto Nordenskolg  , lugar  muito bonito
    ESSE SALTO TEM ÁGUAS MUITO AZUIS.

    BEM PRÓXIMO AO SALTO HAVIAM MONTANHAS MUITO BONITAS , MAS NESSE MOMENTO ESTAVAM ENCOBERTAS E LOGO COMEÇOU A CHOVER.
    O VENTO E O FRIO DA PATAGÔNIA SÃO  UM SHOW À PARTE,  ESSES VENTOS DEVEM ATINGIR UNS 200 KMS POR HORA.
    Seguimos em frente e acabamos chegando no lago Pehoé, que é bonito por si só , mas com as montanhas nevadas ao fundo o cenário se torna ainda mais bonito, só que o tempo continuava, fechado , com muito vento e um pouco de chuva, mas nada disso me aborreceu afinal de contas  o tempo imprevisível , no qual todas as estações apareceram ao longo do dia , também foi uma atração e tanto.       Nossa próxima parada foi o lago Grey, aqui o frio e vento se tornaram ainda mais intensos, não foi nada fácil ficar ao ar livre pra contemplar as montanhas e tirar as fotos de praxe, por sorte no hotel havia um chocolate quente bem gostoso, que esquentou o corpo e me deu novo ânimo.
  2. O lago Grey não se resumia apenas nessas lindas vistas, depois de um certo tempo pegamos uma trilha não muito grande, cerca de 1, 5 kms , mais ou menos , e fomos parar numa praia muito grande, de areia bem grossa , e é claro :águas muito frias , sempre com as bonitas e imponentes montanhas nevadas ao fundo.   Combinação muito interessante : praia, frio , vento e montanha.




    Por mais bonito que fosse tudo , muito mais ainda estava por vir , é bem verdade que tudo era bem longe ,mas a estrada era ótima , as pessoas do meu grupo de passeio super agradáveis,  Além do mais tempo não era problema pois na patagônia só anoitece , no período de verão , quase 11 horas da noite , portanto não havia necessidade de ter pressa.
    Porém o ponto alto desse passeio , a cereja do bolo , ou seja a visão das torres del paine ainda estava por vir, mas felizmente não faltava muito, e pra tornar tudo ainda melhor o tempo estava melhorando muito, o sol resolveu brilhar forte e de repente o vento forte sumiu e a temperatura aumentou.  E logo outra montanha apareceu, mas ainda não erra a torre.

    E DE REPENTE SEM EU ESPERAR SURGE NO HORIZONTE A LAGUNA AMARGA E  A FAMOSA TORRES DEL PAINE.   FIQUEI UM BOM TEMPO ADMIRANDO A PAISAGEM E AGRADECENDO A DEUS PELO PRESENTE, O TEMPO ESTAVA LINDO, COM SOL A PINO  O QUE TORNOU A VISTA DA FAMOSA MONTANHA AINDA MAIS ESPETACULAR.   UM DIA MUITO BEM APROVEITADO, COM CERTEZA ENQUANTO EU VIDA TIVER VOU ME LEMBRAR  DESSE DIA.