segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Resende x Capelinha x Mauá x ponte dos cachorros x Mirantão x Santo Antônio do rio Grande x Bocaina de Minas x bagagem x Vargem Grande x Resende

Não!!! de jeito nenhum!!! com toda certeza!!! eu não sou louco!!! Loucos são: a Alexa, Jeffinho, Pedro e Michel, por terem aceitado o meu convite, para participar dessa grande aventura. O fato é que quando me dei conta, que o pedal estava extrapolando o grau aceitável e suportável de "perrengues e cascudêz", já era tarde demais, já estávamos pra lá da metade do caminho, e não havia opção, seria pior voltar de onde estávamos, o único jeito foi seguir em frente, e fosse o que Deus quizesse. Foi dureza, esse sem dúvida foi um pedal memorável, com sabor de aventura. Se torna até difícil descrever por meio depalavras, todos o lugares que passamos, e também os momentos de perrengues, alegrias e superação, que compartilhamos durante esses 125 kms, mas vou tentar, na medida do possível e em poucas linhas dizer como foi nosso pedal. Nos reunimos e seguimos em direção ao Mauá, alguns amigos iriam conosco até a Capelinha, mas devido a alguns desencontros eles acabaram indo mais tarde, mas mesmo assim encontramos por acaso coma Ana cristina, que nos acompanhou até o portal da serrinha. A caminho da Capelinha, já comecei a me dar conta que esse pedal, seria super cansativo, visto que o calor estava demais, até cogitei de pedir aos meus amigos, para que mudássemos o percurso, para que ficasse mais light, mas logo desisti de tal idéia pois todos eles são pessoas extremamente determinadas, raçudas e sobretudo tranquilas e serenas, que gostam de aventuras e estão sempre prontos para o que der e vier. Chegamos na capelinha e pouco tempo depois iniciamos o subidão da torre, como sempre foi cansativo, e dessa vez ainda estava um pouco pior devido ao calor intenso e a poeira, mas tudo bem nós conseguimos. Nos cansamos muito, é verdade, e se não fosse a Alexa dar duro na turma para que molhássemos a cabeça nas bicas, e assim diminuir a temperatura do corpo, era capaz de alguns de nós, ou melhor dizendo: eu (Jorge Nogueira), ter desmaiado no meio da serra. Chegamos no mirante das torres, e lá como já é de praxe descansamos um pouco e tiramos algumas fotos. Fizemos o downhill até o Mauá, e lá paramos para almoçar e descansar, esse almoço se mostrou importantíssimo, pois repôs nossas energias, e nos deixou com forças suficientes para chegar no Mirantão. Do Mauá seguimos, sob calor intenso, em direção ao Mirantão, cujo acesso é pela ponte dos cachorros, ao longo do caminho perguntamos para alguns transeuntes sobre a distância, e cada um deles falava uma kilometragem diferente, mas no final das contas constatamos na prática que o Mirantão era bem longe, com direito a muitas subidas, porém o belo visual que desfrutamos ao longo do caminho ajudou a amenizar as agruras do percurso. Finalmente chegamos no Mirantão, é um lugar simpático, bem cuidado e com muitas construções típicas da zona rural, ou seja: casas simples com janelas de folha de madeira. Paramos para lanche e descanso. Perguntamos a dona da padaria, se Santo Antônio do rio grande estava longe, ela prontamente respondeu que não, era perto, mas disse que teríamos que subir uma serra para chegar até lá, caramba... por essa eu não esperava, outra serra para escalar, ainda mais naquela altura do campeonato onde já estávamos super cansados. Fiquei decepcionado, essa notícia inesperada foi um balde de água fria em minhas pretensões. A dona da padaria, percebendo nossa preocupação e desapontamente ficou com pena da gente, e saiu com uma história (mentira piedosa) que era só uma serrinha, que subia de maneira disfarçada e a gente nem iria sentir. Não havia escapatória, precisamos seguir em frente, e logo de cara, na saída do Mirantão, já nos deparamos com un subidão bem íngreme, praticamente uma ladeira, ou seja era tudo mentira, não eram subidas disfarçadas, e sim subidas bem assumidas e extremamente visíveis. Sofremos um bocado nesse trecho, e também pegamos um pouco de chuva, mas conseguimos vencer a serra, e no topo tivemos uma linda vista da região. Do topo da serra até santo Antônio era só um descidão, descemos a mil, e no meio da descida tivemos uma vista, de tirar o fôlego, do vale com o povoado ao fundo. Fizemos outra parada em santo Antônio, lanchamos e descansamos, e para nossa alegria comfirmamos a notícia que dali até Bocaina de minas, não haveriam serras, só pequenas e suaves elevações. De fato as informações eram verdadeiras, e nosso caminho até Bocaina de minas foi uma tranquilidade, era um estradão muito bem conservado e com uma paisagem muito bonita, mas apesar desse trecho ser extremamente fácil e tranquilo, se comparado as serras que subimos, nessa altura do dia o corpo já dava sinais de cansaço e exaustão, as muitas horas de pedal já cobravam seu preço, estávamos um bagaço. Mas pedalar era preciso, e com muita garra e determinação acabamos chegando no asfalto, no trevo, já bem perto de Bocaina. Finalmente adentramos na cidade, estávamos super cansados, porém estar alí foi uma vitória e ao mesmo tempo um incentivo, pois de Bocaina de minas até Resende são praticamente só descidas. Descansamos e lanchamos nessa cidade, e logo a seguir enfrentamo o subidão de paralelepípedos até a garganta da serra, e chegando lá tudo se tornou mais fácil, embora tívessemos algumas poucas subidas, na maior parte eram deliciosos e enormes descidões, fomos rápido mas com cautela e logo já estávamos na Bagagem, onde a noite nos surpreendeu, felizmente somos precavidos, ligamos as lanternas e seguimos em frente e abaixo. Descer a serra do M a noite, mesmo com os faróis, foi uma aventura e tanto, mas deu tudo certo e rapidamente chegamos na Vargem grande, de lá até Resende, apesar de estarmos um bagaço, mais mortos do que vivos, foi bem rápido, foi um alívio ver de perto as luzes da cidade, pois todo aquele cansaço, perrengues e exaustão, finalmente teriam um fim. Nunca fiquei tão feliz de chegar em Resende. Agradeçi a Deus por ter dado tudo certo, estava feliz porque tudo havia terminado, estava em casa, finalmente iria descansar. Mas é isso aí amigos: Apesar dos perrengues foi bom demais, tudo se torna mais fácil e suportável com a presença dos amigos ao nosso lado. Meu desejo se tornou realidade, finalmente consegui fazer esse pedal de 125 kms, agradeço de todo coração aos amigos Michel, Pedro, Alexa e Jeffinho pela companhia, e sobretudo pelas palavras de incentivo e animação, se eu tivesse ido sozinho com certeza teria ficado pelo meio do caminho.

3 comentários:

pedro disse...

Foi um super passeio, gostei mto do caminho...com suas belas serras!! A companhia de vocês deu um animo a mais no pedal!! Vamos repetir essa dose por mtos caminhos ainda!! O relato ficou super legal, contou direitinho oque passamos!! Até a proxima aventura!! Um grande abraço!!

Ahh, muito obrigado pela recepção em sua casa!!

Michel Schanuel Girardi disse...

Adorei todos os momentos desse pedal, até mesmo os perrengues! rsrs A galera de Resende como sempre foi nota 10! Obrigado por tudo e até a próxima meu amigo!

OFF ROAD BIKERS disse...

show este passeio!!! parabens a todos que foram, as fotos ficaram marra para caramba, muito boas mesmo... forte a braço e é assim que quero ver... a galera pedalando