quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

'BIKESCALADA " na Pedra selada.

Dessa vez resolvemos inovar e aceitamos prontamente a sugestão de nosso amigo, Jefferson Grijó, de fazer um misto de bike e escalada ou seja: uma "BIKESCALADA". A idéia era subir pela serra do Mauá e ir até o sítio que fica na base da pedra selada, lá deixaríamos as bikes e logo a seguir faríamos a escalaminhada até a pedra. Depois da escalaminhada retornaríamos para Resende via rio preto, bagagem, descidão do M e vargem grande, totalizando assim a famosa e cascuda volta dos 100 kms. Como não poderíamos subir a montanha de sapatilhas levamos calçados apropriados dentro das mochilas. Decidimos esse passeio meio às pressas e sem pensar muito nas dificuldades, e isso acabou sendo bom, porque se a gente pensasse muito com certeza a gente iria desistir dessa 'BIKESCALADA" visto que é extremamente cascuda e cansativa. No dia e hora marcados nos reunimos em frente a shape way, lá encontramos vários bikers que iriam até a torre do Mauá. Para a bikescalada propriamente dita compareceram eu (Jorge Nogueira), Jefferson Grijjó, Fabinho e a sempre animada Alexa (made in Germany). Seguimos em frente e acompanhamos, na medida do possível nossos amigos ciclistas (pangarés e também os elites) até a torre. Lá nos despedimos deles e aguardamos pela chegada do Paulo Gorito e sua esposa a Méri, que iriam de carro até a base do pico e de lá nos acompanhariam montanha acima, aproveitamos e pedimos que levassem nossas mochilas na caminhonete. Correu tudo bem e logo já estávamos no Mauá onde fizemos uma breve parada e no Lote 10 para lanche. Dali seguimos rapidamente e com boa disposição rumo ao sítio na base da montanha. Finalmente chegamos no sopé da Pedra selada, esse último trecho foi extremamente cansativo, pois já estávamos esgotados devido ao subidão da torre e também devido ao calor intenso que estava fazendo. Nos reunimos ao Paulo e Méri e começamops nossa escalaminhada, o visual da pedra selada era lindíssimo e parecia que ela estava bem pertinho, mas isso era pura ilusão o pico estava bem longe e a subida era extremamente íngreme e nos trechos finais era mesmo uma escalada. A subida foi cruel, mas felizmente a maior parte do percurso era dentro da mata, na sombra, e felizmente tinha uma cachoeira onde pudemos descansar um pouco e até tomar um banho antes de seguir em frente. Subimos, subimos e subimos e a subida parecia nunca ter fim, e ficava cada vez mais íngreme, sorte que de vez em quando apareciam uns bancos de madeira no meio da trilha onde sentávamos para descansar e relaxar por alguns minutos antes de seguir em frente (digo: antes de seguir para cima), apesar da trilha ser muito bonita e subida, no trecho final estava se tornando um tormento, estávamos muito cansados e nossas pernas já estavam parecendo chumbo, de tão doloridas que estavam. Por fim a galera já estava tão cansada (menos o Fabinho) que acabaram arrumando uns cajados de madeira para auxiliar na subida. Para piorar ainda mais nosso sofrimento, as placas de sinalização estavam erradas ou trocadas e sempre aumentavam a distância que faltava para chegar. Ao longo do caminho encontramos com muitos turistas que já estavam descendo, e sempre que perguntávamos se já estava perto eles sempre respondiam que sim, que era "logo ali", mas era o "logo ali" deles era mineiro e por isso ainda faltava muito. Para nossa sorte a Alexa é muito prevenida principalmente no "quesito alimentação" e por isso levou alguns alimentos energéticos, tanto doces quanto salgados. A certa altura me ofereceram azeitona recheadas, aceitei prontamente, mas na hora que fui pega-las estava tão cansado, que minhas mãos tremiam, mal consegui segurar a azeitona entre os dedos, parecia que eu estava com mal de Parkinson. Mas mantivemos a determinação e seguimos adiante, o visual era sempre muito bonito o que com certeza ajudava a amenizar as agruras do percurso e além disso todos eram muito alegres e ao mesmo tempo tranquilos. Nós já conhecíamos o Paulo dos passeios de bike, mas ainda não conhecíamos a Méri, que é muito alegre, divertida e super animada, e mesmo estando super cansada não se deixou abater e seguiu em frente e acabou contagiando a todos com sua alegria e animação. Finalmente chegamos no cume da pedra selada, ali vimos que todos nossos esforços e perrengues valeram a pena, é lindo demais, as vistas que temos lá de cima são de tirar o fôlego, tanto as do vale do paraíba quanto as da região de mauá e sul de minas. É tudo tão bonito que cheguei a ficar emocionado, não só pela beleza mas também porque me lembrei de meu avô que gostava muito dali. Ficamos lá em cima por um bom tempo, apreciando tudo e saboreando cada momento. Assinamos o livro de visitas, conversamos com um casal de paulistas, os 2 muito gente boa e simpáticos até demos a eles algumas dicas de bons passeios na região, também tiramos muitas fotos pois o local com certeza merece muitas recordações, acerta altura passei minha máquina para o Fabinho, e ele tirou muitas fotos, por sinal muito boas (se revelou um excelente fotógrafo) e assim sendo muitas das fotos do alto da montanha são de autoria dele. Tentei na medida do possível, relatar a beleza do lugar, mas é difícil, assim sendo vejam as fotos em slide-show no meu album picassa que vocês terão uma idéia melhor e com certeza se animarão a visitar o local. Mas retornar era preciso, fizemos nossa descida, não foi tão fácil quanto eu esperava, cheguei no sítio com as pernas tremendo de tanto cansaço. No sítio tomamos um banho frio na piscina e ducha para relaxar a musculatura dolorida. Após isso nos despedimos do Paulo e Méri que ainda iriam almoçar (digo jantar) no Mauá e logo a seguir iniciamos nosso pedal de retorno. Foi tudo bem e logo já estávamos no descidão do M, onde descemos com muito cuidado e atenção pois a estrada estava péssima, fizemos uma breve parada na vargem grande e depois seguimos para Resende. Chegamos bem tarde, lá pelas 07:00 da noite, mas ainda estava claro. Foi tudo muito bom, gostamos demais, quem sabe qualquer dia desses a gente faz esse passeio de novo. Valeu amigos !!! Foi muito bom pedalar e escalar com vocês. Obs. o link para meu album de fotos desse passeio está logo abaixo, basta clicar.

Um comentário:

Michel Schanuel Girardi disse...

Taí um pedal que eu sou doido pra fazer! Quando a galera do Clube Adventure marcou um trekking para a Pedra Selada eu e alguns amigos pensamos em fazer exatamente como vocês, mas infelizmente não fizemos.

Que inveja (boa) das fotos!

Abraço!