Há muito tempo tinha vontade de conhecer a amazônia, mas sempre por um motivo ou outro acabava deixando a idéia de lado e viajava para outros destinos. Dessa vez foi diferente, resolvi ir mesmo e nada me demoveu da ideia, Manaus é muito longe, mesmo de avião demorou muito, mas finalmente cheguei, bem atrasado por sinal, devido as conexões e atrasos. Como cheguei de madrugada não teve jeito, tive que dormir até mais tarde, o que atrapalhou meus planos, pois não deu para fazer os passeios ecológicos que saem bem cedo. Assim sendo resolvi fazer um tour pela cidade de Manaus, para minha surpresa é uma bela cidade, e ao contrário do que me falaram o povo é muito simpático, embora um pouco contido, e apesar do calor intenso e infernal as mulheres se vestem bem e diferentemente do Rio não se vê nas ruas, pelo menos de dia, mulheres com roupas minúsculas (pouco pano), é estranho, em minha opinião era para aquele povo gostar de andar com pouca roupa, pois afinal de contas o calor é infernal e a maioria deles são descendentes de indios. Minha primeira visita foi ao cais do porto, que é onde nos damos conta que estamos mesmo na amazônia, é um local muito interessante, pois vemos inúmeros barcos, alguns imensos que vão para varios lugares da amazônia, e os passageiros são abordados pelos representantes (vendedores de passagens) na rua na entrada do cais, cada um deles falando das vantagens de se viajar em seus barcos. O cais é flutuante e sobe e desce conforme o nível do rio negro, segundo me falaram, mesmo hoje em dia, a partir de manaus só se pode ir de carro a 4 cidades do estado. Os rios são de fato as estradas de lá. O rio é imenso e chama atenção, dependendo do trecho parece que estamos no mar, e olha que ainda estamos só no incio da época das cheias. Dali segui para o teatro amazonas, é lindo tanto o exterior quanto o interior e o mais interesante é que foi construído ha mais de 100 anos atrás, época que ainda não existiam aviões e só se era possível chegar a manaus de navio, tudo isso devido aos enormes lucros proporcionados pela extração da borracha. Eram tão ricos (os barões da borracha) que mandavam suas roupas para serem lavadas em portugal, pois achavam que as águas do rio negro eram poluídas por ter águas escuras, estavam errados, isso é um fenômeno natural. Os tais barões da borracha eram tão esnobes que chegavam a acender charutos com uma nota de dinheiro. Também gostavam de cuspir e escarrar em "escarradeiras" de fina porcelana inglesa, detalhe: Quanto maior a quantidade de" cuspe e escarro" (Que nojo !!!) deixado dentro das escarradeiras, maior era o " prestígio" do barão. Vendo a suntuosidade, luxo, e bom gosto da construção em meio a floresta amazônica com certeza passamos a acreditar em tais histórias. Dali fui dar um giro pelo centro da cidade, tem um comércio muito bom e muita coisa interesante, principalmente na feira de artesanto, é tudo muito legal, mas chega uma hora em que o calor é tão intenso que agente vai ficando agoniado, e por fim já entramos nas lojas não para ver as mercadorias e sim por causa do ar condicionado. Visitei alguns museus, e fui conhecer e comer as comidas típicas, gostei de tudo, menos de um prato que leva uma erva que se chama jambu e que quando é mastigada deixa a boca anestesiada, de resto foi tudo bem, apesar dos contratempos a simples visão do rio negro e da floresta amazônicaja valeu a pena. Fui a muitos lugares e ví muita coisa interessantee vou tentar na medida do possível, por meio de relatos e fotos passar uma idéia de como foi meu passeio.
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