Hoje fui conhecer o hotel ariaú towers, é um local muito interessante pois fica as margens do rio negro e bem no meio da selva amazonica e é totalmente construído sobre palafitas para ficar a salvo das enchentes, e o melhor de tudo tem 8 kms de passarelas que passam junto a copa das árvores, assim sendo você pode fazer confortavelmente um tour pela floresta sem precisar pisar no chão lamacento e pantanoso e também fica longe dos perigos, pois como a região é um igarapé tem muitos jacarés, cobras, e outros bichos selvagens. O Hotel em si, visto de longe é bem interessante, mas chegando bem perto eu não gostei muito do aspecto, visto que é totalmente de madeira e está em ambiente muito quente e umido, as construções se deterioram rápido e ficam com um aspecto meio decadente e lembram vagamente um favelão, embora o hotel seja de primeira. O interior da construção também é bem sombrio, na realidade a idéia era imitar e lembrar a cabana do Tarzan e da Jane, mas com todos os confortos da vida moderna. Caminhamos pelas passarelas e tivemos contato direto com a floresta amazônica, de fato é linda, mas é muito difícil descrever tanta biodiversidade por meio de palavras, tirei algumas fotos, se tiverem curiosidade confiram. Em toda volta do hotel existem inúmeros macacos, que são doidos por comida, principalmente doces, basta você segurar algum comestivel na mão que eles pulam em você com a intenção de roubá la, são bonitinhos, num primeiro momento você fica encantando com eles, mas logo depois você acaba de saco cheio de tanto macaco. Para tudo quanto é canto que você olha eles lá estão. Na hora do almoço eles se juntam aos montes na porta do restaurante para tentar entrar e pegar comida, tem que se ter o maior cuidado na hora de abrir e fechar a porta, porque se não eles entram mesmo, na hora que saí do refeitório, eu e uns amigos até tivemos vontande de deixar a porta aberta para eles entrarem, ia ser a maior confusão, seria muito divertido, mas como haviam muitas crianças e idosos no recinto acabamos desistindo da idéia infeliz. Depois do passeio pela mata, dos macacos e da deliciosa refeição à base de pratos regionais o guia nos conduziu para o igarapé onde embarcamos na canoa e dali seguimos em direçao ao rio negro para nadar junto aos botos cor de rosa. Essa parte foi muito legal, vai ficar na memória, tem um pequeno pier flutuante no rio negro e lá ancoramos colocamos os coletes salva vidas e entramos no rio, onde o guia atraia os botos com peixes, eles vem mesmo, mas alguns são timidos e outros mais ariscos. Você pode tocá -los na boa são muito dóceis e gostam de ser acariciados, e de vez em quando dão uns sustos na gente, pois nadam debaixo de nosso corpo e nos dão uns empurrões para cima. Mas foi legal, no princípio mesmo com os peixes a disposição estavam ariscos, mas depois ficaram mais a vontade e até conseguimos tirar umas fotos junto deles, mas só a cabeça e o focinho, pois os botos ao contrário dos golfinhos não dão grandes saltos. Estar com os botos foi um momento único, mas também estar ali dando uns mergulhos no rio negro foi 10, mesmo com os coletes dá um pouco de medo, pois o rio é imenso lembra o mar e tem correnteza, além do mais é muito escuro, parece coca cola, e você não vê nada, mas enfim superamos o medo e com certeza valeu muito a pena, esses momentos ficarão para sempre marcados em minha memória. Após isso navegamos de canoa uma boa distância dentro do igarape, é muito bonito e totalmente ladeado pela densa e espessa floresta amazônica, mas também tem hora que chega a ser meio triste, pois não se vê viva alma humana e além disso tem hora que você ouve uns macacos que tem um grito triste e assustador. As pessoas que estavam em meu barco, queriam parar e dar um mergulho, mas não deixaram, disseram que era perigoso, insistiram um pouco, mas logo em seguida ficaram sabendo que o filme Anaconda foi filmado ali, e a partir daí não insistiram mais. Teve muito mais coisas interssantes que vi, mas não tenho como contar tudo aqui, por isso só falei do que julguei ser mais interessante. Após esse delicioso passeio que durou o dia inteiro nosso grupo teve de retornar a manaus, pois a viagem de barco ate lá demora cerca de uma hora e meia, a viagem tanto de ida quanto de volta é um show à parte, pois você vê tanta coisa bonita, que até se perde. Na amazônia tudo é muito bonito e grandioso, tem certas horas em que o barco passa em trechos tão largos do rio que temos a nítida sensação de estar no mar, é muita água, a selva ao longe tambem parece nunca ter fim, e como estamos no final de seca e início das cheias ainda pudemos observar muitas praias ao longo do rio. Mas é isso ai: ao vermos a grandiosidade e beleza da natureza nessa região, nos damos conta que a destruição deve ser contida e que temos de qualquer maneira preservar tudo isso para as futuras gerações.
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