domingo, 15 de agosto de 2010

Pedal sob condições climáticas adversas, até a pedra-preta

Nesse final de semana, ciclisticamente falando, deu tudo errado. Queria muito participar do passeio dos amigos da bike na serra negra, e quando finalmente consegui ficar livre de meus compromissos e já ia ligar para o Fontana, para saber se ainda restava uma vaga para mim, fiquei sabendo que o passeio havia sido adiado, fiquei chateado mas tudo bem, pois também havia recebido um convite do Jeffinho Grijó para um passeio, no sábado, até o parque da bocaina em São José do Barreiro. Este também não deu certo, tive um compromisso de última hora e além disso o Jeffinho me ligou dizendo que esse passeio também seria cancelado. Me resignei e resolvi que daria uma chegada no domingo pela manhã, na shape way, para dar um passeio de bike com a galera que porventura lá se encontrasse. O passeio informal dominical também não deu certo, pois amanheceu chovendo, porém dessa vez nem fiquei triste ou frustrado, ao invés disso fiquei até feliz porque a chuva com certeza havia apagado o incêndio no parque nacional de Itatiaia. Fiquei em casa de bobeira, mas lá pelas 11 horas notei que a chuva estava estiando, assim resolvi fazer um passeio bem light e rápido, até vargem-grande, só para não perder meu preparo físico. Foi tudo bem e rapidinho cheguei lá. Ao chegar em vargem grande, o tempo estava bem nublado e com cerração devido a proximidade da serra, mas achei que não iria mais chover. Como não havia chuva resolvi esticar meu passeio até o sopé do serrote. Aconteceu que durante meu pedal, eu avistei ao longe, embora um pouco encoberta pelas nuvens, a pedra preta, e fiquei com muita vontader de ir até lá e conhecer o lugar, porque, recentemente lí no blog do Candiotto: http://gpstrackexpedition.blogspot.com um artigo falando que esse passeio é muito legal e bonito. Mudei meus planos e dobrei a esquerda, na estradinha que dá acesso a pedra preta. Valeu a pena, e logo no final da primeira subida já pude apreciar belas paisagens, sendo que a estradinha em sí é uma delícia de pedalar. São Pedro continuava colaborando comigo, e não chovia. Para se chegar na pedra tem que subir muito, mas não tive medo e segui em frente, me cansei bastante, mas a beleza das paisagens ajudou a amenizar as agruras do percurso. Foi dureza mas finalmente cheguei bem pertinho do enorme rochedo, minha intenção era chegar na base da pedra, mas subitamente o tempo ficou ainda mais fechado, uma mistura de cerração e nuvens negras acompanhados por um frio intenso e vento, ou seja um tempo terrível dava até medo, parecia que uma tempestade iria desabar a qualquer momento. Nessa altura dos acontecimentos me dei conta de que não tenho muito juízo, e além do mais sou um péssimo "metereologista", mas mesmo assim insisti e fiquei por ali, perto da pedra durante um bom tempo, na esperança de que as nuvens se dissipassem, e assim eu pudesse tirar uma bela e límpida fotografia. Mas não houve jeito, o tempo se fechava cada vez mais. Não tive opção, precisei voltar, e rápido, mas antes tirei algumas fotos. O descidão é bem cascudo e perigoso, fiquei meio receoso por isso antes da partida abaixei meu selim. Apesar das muitas pedras soltas, buracos e trechos escorregadios, eu desci sem maiores problemas. Na parte baixa eu novamente levantei meu selim e mandei ver, pois uma chuvinha fina começou a cair. Como estava chovendo e fazendo frio eu corri muito para o corpo esquentar. Rapidíssimo cheguei na vargem grande, mas nem cogitei em parar por medo de meu corpo esfriar e eu começar a tremer de frio. De vargem grande em diante a chuva se tornou mais forte e não dava amostras de que iria parar. Nessa altura dos acontecimentos não havia o que fazer, minha única opção era pedalar, pedalar e pedalar e rezar para que não ocorresse nenhum problema mecânico ou pneu furado, porque se parasse, por pouco tempo que fosse, eu iria passar um perrengue terrível, visto que estava fazendo muito frio. Andei muito, não via a hora de chegar em casa, estava sonhando com um banho quente e roupas secas. Mal acreditei que havia chegado no trevo do cabral, que alívio, de lá até minha casa seria só descida. Cheguei em casa cansado, molhado e com frio, mas apesar de tudo acho que valeu, e muito, a pena, pois afinal de contas no mountain- bike, assim como na vida, nem tudo são flores, os perrengues, dificuldades e obstáculos são invevitáveis e aventuras (ou serão loucuras???), como essas fazem com que a gente fique mais fortalecido, descolado (as vezens também resfriado) prontos para o que der e vier. É isso aí amigos: Momentos que viví... perrengues que tão cedo não esquecerei.

2 comentários:

Michel Schanuel Girardi disse...

Eu não tive disposição pra pedalar nesse fds :( Fiquei mofando em casa...

Mas é bom que tem uns ciclistas corajosos pra sair de casa nesse tempinho chato! rsrs

Abração

OFF ROAD BIKERS disse...

é Jorge, tambem encarei um frio indo para Bananal e ainda arrastei minha namorada rsrssss

grande abraço