segunda-feira, 5 de outubro de 2009

04/10/09 - Vale do Airuoca e Pedra do Altar

"Conheçam o mundo... antes que o deixem." Lí essa frase há algum tempo atrás, ela me chamou a atenção, e me levou a refletir, e desde então tenho, na medida do possível, procurado conhecer lugares diferentes e interessantes, dessa vez o destino foi o vale do airuoca e pedra do altar. Nos reunimos em frente ao bob´s para embarcar na van, dessa vez a galera se atrasou um pouco. Finalmente partimos, mas não fomos direto, ainda paramos no graal do paraíso e também no de Itatiaia para pegar mais pessoas. Dessa vez veio gente até de Brasília DF, o Neto e a Valéria que também são ciclistas e além dessa escalaminhada já foram convidados para alguns passeios de bike pela região. Era um grupo grande, todos muito alegres e animados, o que fez com que nossa excursão se tornasse ainda melhor. Seguimos em nossa viagem e logo chegamos no registro onde tiramos a já tradicional foto junto à fonte e a placa. Dali seguimos para a portaria do parque onde fizemos as formalidades de praxe e pouco tempo depois já estávamos fazendo os alongamentos com a Márcia, esses alongamentos foram ótimos e extremamente necessários pois teríamos uma jornada longa com direito a muitas subidas e até escalada. Após isso iniciamos a escalaminhada propriamente dita. Todos vieram devidamente equipados e preparados, destaque para nosso amigo Rafael Coelho, que estava preparado para o que desse e viesse e mais alguma coisa pois sua mochila era tão grande e tinha tanta coisa, que parecia até que ele estava levando a casa nas costas, e por isso foi logo apelidado de "caramujo". Mas ao contrário do caramujo, que se arrasta lentamente, o Rafael foi super bem e rápido apesar do enorme e volumoso peso que carregava nas costas. Destaque também para nossos amigos Renato e Emídio que não perdem uma, e estão sempre prontos para mais uma aventura, seja a pé ou de bike. Outra que também teve uma excelente performance foi nossa amiga Inês, que dessa vez nem teve câimbras, o que decepcionou a alguns, que dessa vez não puderam colacar seus "conhecimentos massagísticos " em prática. O dia estava bonito embora com muitas nuvens ao longe, na verdade o tempo mudava a cada minuto mas felizmente não choveu hora nenhuma. Seguimos em frente e o nosso guia Jerônimo nos levou primeiro ao vale do airuoca mais precisamente na cachoeira, foi uma caminhada e tanto, subimos muito, e sempre tendo muito cuidado para não escorregar e torcer o pé, pois haviam muitas pedras e trechos lamacentos. Chegar na tal cachoeira não foi nada fácil, foi uma caminhada e tanto e sempre pisávamos num matinho espinhento e passava pela meia e espetava o tornozelo. O vale do airuoca chama a atenção, olugar é lindo demais, sempre passávamos aos pés de bonitas montanhas isso sem falar nas outras que víamos ao longe. Durante nossa jornada fizemos algumas breves paradas, e numa dessas paradas nos deparamos com um sapo flamenguinho, é vermelho e preto, daí o nome, e bem pequeno, só é encontrado na parte alta do parque e ainda assim somente em certas épocas do ano. O sapinho foi alvo da curiosidade de todos, e por isso foi colocado na palma da mão e fotografado de todos os ângulos possíveis e imagináveis, além de ser virado e revirado várias vezes pois as cores vermelho e preto eram mais visíveis na barriga. Ficaram um bom tempo admirando o sapo até que finalmente se cansaram e o recolocaram no chão, para alegria e felicidade do sapo, que finalmente pôde voltar para o brejo, onde suspirou aliviado, pois já estava de saco cheio de tantos flashes e fotos. Continuamos em nossa caminhada, sempre enfrentando muitas subidas. Andamos, andamos e andamos e ainda assim a caminhada parecia nunca ter fim, mas a Márcia e jerônimo sempre tinham umas palavras de incentivo e além disso todos eram muito amigos e solidários e isso com certeza ajudou a amenizar as agruras do percurso. Passamos por um descampado, onde o Jeronimo falou que os discos voadores costumam pousar, e que tem ao fundo uma pequena montanha que tem no seu cume algumas pedras redondas que lembram ovos, posteriormente nesse local, tiramos uma linda foto com todo o grupo reunido. Também durante o caminho até a cachoeira passamos por um lugar cheio de sapinhos, haviam muitos, era uma verdadeira "sapolândia", precisamos até ter cuidado para não pisarmos neles, só que dessa vez os sapinhos já não despertaram tanto interesse e curiosidade, pois nessa altura do passeio já estávamos até enjoados de tanto ver sapos. Ainda subimos e descemos várias vezes, até que próximo ao cachoeirão o trajeto ficou mais ou menos plano, mas mesmo assim foi cruel pois certas horas passamos em trechos com mato espesso, a galera chegava até a sumir no meio do matagal. Foi uma caminhada e tanto, nos cansamos muito, mas finalmente chegamos na cachoeira, valeu o esforço, era muito linda, mas dessa vez ninguém arriscou um mergulho pois a água estava muito fria. Apreciamos a beleza do local e logo em seguida descansamos e fizemos nosso lanche. Esse descanso foi ótimo, renovou nossas energias. Mas enfim retornar era preciso, pois ainda iríamos subir na pedra do altar, e além disso o tempo mudava a cada minuto, teve certa hora que pensei que ia chover, mas logo o tempo melhorou de novo e nosso retorno foi tranquilo, embora cansativo. Finalmente chegamos na base da pedra do altar, em minha opinião a melhor e mais bonita parte, a cereja do bolo de nosso passeio, é uma linda montanha, que pela frente é íngreme e serve para escaladas e rapel, mas na parte de trás é de terra, como se fosse um morro, e assim sendo seu cume pode ser facilmente alcançado por meio de uma trilha. Muita gente já estava extremamente cansada e por isso desistiram de subir, o nosso amigo Torrão mais uma vez não alcançou o cume, e preferiu ficar na base esperando, alegou que não subiria porque não estava bem fisicamente, estava ruim, estava ruim mesmo, e por fim já estava até andando com um bastão (ou será cajado) que em nossa opinião não passava de uma bengala disfarçada, o nosso amigo Jeffinho não perdeu tempo, e concluiu com toda razão que: Torrão ruim é igual a " TORRUIM " e dali em diante o apelido pegou, e toda hora era um tal de Torruim pra cá e Torruim pra lá. Mas uma pequena parte do grupo não se deixou abater pelo cansaço e exaustão e alcançaram o cume, guiados pelo Guimarães e Márcia .. A Márcia Stage queria muito subir no altar na companhia do Jerônimo(Mozão) mas na hora " H " ele desistiu da subida, alegou razões de "logística" para permanecer na base, ela ficou visivelmente chateada e decepcionada, mas não se deixou abater, levantou a cabeça e seguiu em frente, pois não faltou quem quisesse subir no altar com ela, subiu com grande disposição e rapidez, foi até difícil acompanha-lá, logo alcançou o cume onde tirou muitas fotos ao lado dos amigos, e desfrutou do belo visual, tudo num clima de muita alegria e descontração. O cume da pedra do altar é lindo e tem uma vista impressionante do vale e do pico das agulhas negras e de várias outras montanhas ao longe. Tiramos muitas fotos inclusive do pessoal lá embaixo. Depois ainda passamos para 2 outros cumes que estavam lado a lado. Nessa escalada temos que destacar a presença da Alexa que mesmo não gostando muito de lugares altos, foi em frente e chegou no cume onde seu êxito foi devidamente registrado em uma bela foto, destaque também para nosso amigo de Brasília, o neto, que não deixou passar a oportunidade e também alcançou o cume, tudo devidamente fotografado, para ter uma recordação do passeio e também para que seus amigos e conhecidos de Brasília fiquem conhecendo um pouco de nossa região. Após isso descemos e nos reunimos ao restante do grupo, ainda tivemos que andar muito, chegamos no abrigo rebouças e dali seguimos para a portaria, nessa hora a cerração já estava começando a encobrir as montanhas e o frio já estava apertando, finalmente embarcamos na van e retornamos, mas antes demos uma paradinha no bar do seu miguel onde comemos pastel e tomamos pinga com mel. Seguimos para Resende, como sempre acontece a pinga com mel logo fez efeito e a galera falou muita bobagem e demos muitas risadas. Mas a combinação de pinga com mel mais cansaço e exaustão mais o "escurinho", fez com que muitos se apagassem e logo adormecessem, entre eles nossos amigos "Torruin" e Alice .Chegamos em casa às 8:00 da noite, estávamos mortos de cansaço, com o corpo todo dolorido e não víamos a hora de tomar um banho quente e deitar na cama macia, mas por outro lado estávamos também super felizes por termos passado esse domingo em meio a natureza e ao lado dos amigos (antigos e novos). Enfim foi um ótimo passeio e cada um trouxe dentro de si um pouquinho da paz e tranquilidade das montanhas. Valeu amigos foi muito bom e divertido passear com vocês. Mais fotos: www.flickr.com/photos/jorge_nogueira/sets/72157622524817808
http://picasaweb.google.com.br/marcia.stage/PedraDoAltarEValeDoAiuruoca041009
*Excursão organizada por Márcia Stage e Jerônimo

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