Volta dos 100 kms

Resende x Vargem Grande x Ponte do Souza x Mauá x Capelinha x Resende

De vez em quando gosto de fazer um pedal mais longo e cascudo, e como nesse domingo seria véspera de feriado ví que era o dia ideal, pois teria toda a segunda feira para descansar. Normalmente quando subo a serra do M costumo ir sozinho, pois fico constrangido de meter as pessoas nessas roubadas, mas dessa vez foi diferente, não estava a fim de ir só e por isso enviei alguns e-mail para amigos e também anunciei o passeio no mural do amigos da bike. Achei que não iria aparecer ninguém, devido ao alto grau de "cascudez" do percurso, mas para minha surpresa apareceram 11 pessoas: Torrão, Alice, Tchê, Marcelo Maia, Jobson, Fabinho, Jefferson, Emidío, Marcello Sandrini e Alexa. O Torres e Alice estavam indo para Penedo, mas devido aos insistentes apelos da galera nos acompanharam até a metade da subida do M. Nosso amigo Tchê, que apesar do nome não é gaúcho e sim paulista, iria nos acompanhar até a ponte do Souza mas acabou desistindo e também voltou do meio do M. O Jobson e Marcello Maia foram com a gente até o topo, como sempre pedalaram muito e foram os primeiros a chegar, ficaram lá no alto da serra, juntamente com jefferson, Fabinho e Alexa, esperando pelos demais. Chegaram até a ficar um pouco impacientes pela longa espera, mas eles não tinham nada que reclamar, eles tinham até que agradecer a nós (os retardatários ) pois afinal de contas quem chega primeiro descansa muito mais, e no caso deles, dali (do topo) até vargem grande seria só downhill. Mas valeu amigos !!! Obrigado pela companhia !!!! Nos despedimos dos 2, não sem antes tirar a já tradicional foto no mirante, e dali seguimos para a ponte do Souza. Fizemos uma pequena parada na bagagem e pouco tempo depois já estávamos tomando banho no rio preto, é um belo local com um ótimo poção para mergulho e uma linda cachoeira, a água estava muito fria, mas mesmo assim foi uma delícia, pois deu uma relaxada nos músculos doloridos e renovou nossas energias, como sempre um dos mais animados com a cachoeira foi o Fabinho, a Alexa também estava numa animação só, chegou até improvisar uma hidromassagem natural na cachoeira, o Emídio aproveitou para descansar e ficou um bom tempo deitado em cima de uma pedra. A ponte do Souza seria nosso destino final, mas a galera estava extremamente animada e além disso o dia estava muito bonito, por isso decidiram em comum acordo esticar o passeio até mauá e dali retornar via torre e capelinha até resende, completando assim a volta dos 100 kms. Nos despedimos do Fabinho, que precisou retornar pois tinha compromisso e seguimos para mauá. Até mauá foi tudo relativamente bem, a paisagem era linda, e sempre estávamos próximo ao rio preto. A pedra selada estava muito clara e bonita e por isso paramos para tirar algumas fotos. Fizemos breves paradas no rio preto e também no campo alegre onde a Alexa encontrou alguns conhecidos e até tirou fotos com eles. Mas a medida que o tempo passava o cansaço e a fome bateram fortes, naquela altura do passeio já não aguentávamos mais tomar guaraviton, e estávamos sonhando com um belo almoço com bastante arroz e feijão, bife, batatas fritas e demais acompanhamentos, e isso sem falar nos sucos e sobremesas. Seguimos em frente,enfrentamos algumas subidas, felizmente todas relativamente curtas e lights, pedalamos, pedalamos e pedalamos mas em momento algum o almoço abandonava nossos pensamentos, naquela altura dos acontecimentos nosso objetivo não era chegar no mauá e sim sentar na mesa do restaurante. Chegamos no mauá, onde finalmente nossos sonhos gastronômicos se tornariam realidade, lá, no restaurante do Dimas (Mauá Grill ), nosso apetite era imenso e intenso, pelo nosso gosto comeríamos muito e repetiríamos várias e várias vezes, mas caímos na real que logo a seguir teríamos um uphill bem cascudo de 3,5 kms até a torre e depois mais vários kms até resende, assim sendo decidimos, ou melhor dizendo, fomos obrigados a comer moderadamente. Esperamos bastante, mas finalmente os pratos chegaram, estavam lindos e que cheirinho bom.... chegamos até a ficar emocionados diante de tão linda e apetitosa visão. A fome é realmente o melhor tempero desse mundo, a comida estava uma delícia, comemos com muito gosto e satisfação. Mas enfim pedalar era preciso, foi difícil levantar e sair da mesa, pois as cadeiras eram muito confortáveis. Mas não teve jeito, precisamos seguir em frente, mas ao sairmos notamos que o pneu da bike do Emídio estava furado, foi logo consertado, e aproveitamos aqueles minutos de espera para descansarmos mais um pouquinho na sombra. Após isso iniciamos o uphill até a torre, apesar de ser cascudo fomos bem, mas quando estávamos quase chegando nos deparamos com um acidente: um rapaz alcoolizado, caiu do quadriciclo que dirigia em alta velocidade, alguns transeuntes já haviam chamado a ambulância, e enquanto ela não chegava, procuramos, na medida do possível, auxiliar a vítima, nosso amigo Marcello Sandrini ajudou muito, procurou animar e tranquilizar e também verificou os sinais vitais, e tentou imobiliza -lo, preocupado com possíveis fraturas na coluna, mas foi difícil, pois ele, talvez por causa do álcool ou do atordoamento ou ambos, não colaborava, mas felizmente logo mexeu bastante as pernas mostrando assim que a coluna não foi afetada e pouco tempo depois conseguiu responder algumas perguntas, pois já estava recobrando a consciência. Depois de colocarmos na ambulância seguimos em frente, chegamos na torre e dali iniciamos um delicioso downhill até capelinha, foi ótimo, todos soltaram os freios, descemos super rápidos e logo já estávamos na capelinha. Dali seguimos para resende, já próximo a penedo apreciamos um lindo pôr do sol. Nos despedimos do Jefferson que iria pelo acesso oeste, e seguimos em frente sempre com muito cuidado porque já estava escuro e estávamos sem lanternas, passamos num pequeno trecho de acostamento da dutra (na contra-mão) e logo a seguir entramos na estrada paralela. Logo chegamos na cidade, onde nos despedimos, e cada um seguiu para seu destino. Obrigado pela companhia !!!! Gostei de ver, todos são muito animados, e estão sempre prontos para mais uma aventura (algumas até no dia seguinte). Todos nós estamos de parabéns, pois foi um passeio bem cascudo e demorado, mas superamos e vencemos os desafios, fomos verdadeiros "canelas de aço", e porque não dizer... pensando bem... na realidade... também fomos verdadeiros "traseiros de aço", porque, afinal de contas não é qualquer um que aguenta ficar de manhã até a noite em cima do selim. Valeu amigos!!! Foi muito bom e divertido passear com vocês.

Mais fotos: www.picasaweb.google.com/nogueira.jorge505/VoltaDos100Kms