segunda-feira, 17 de maio de 2010

Big Biker em santo Antônio do Pinhal - SP

Alguns amigos me convidaram para ir com eles no big biker de santo Antônio do pinhal, a princípio pensei em recusar o convite, pois a cidade é um pouco longe, e além disso já haviam me falado que essa etapa é uma das mais cascudas e tem um descidão chamado zig zag que é bem difícil, um pouco perigoso e requer certa habilidade técnica. Fiquei preocupado com o zig zag, mas como sempre acontece acabei indo. Gostei, a cidade é muito bonita, pequena e acolhedora, com muitas montanhas e matas ao seu redor. Ficamos em uma casa próxima a cidade, Na casa ficaram 8 pessoas: eu, Alexa, Paulinho, Gustavo, DJ, Jefferson e também a Juliana e seu filho, o Gui. Foi legal a casa era bem ampla e confortável, e a Alexanos preparou uma mesa de café bem legal, com muitas coisas gostosa. Sentimos a falta do Jerônimo e da Márcia ....e também da "lazanha", mas mesmo assim foi bom, a galera era muito legal e animada, ficamos muito a vontade. Na noite anterior a prova, saimos para jantar na cidade, acabamos por encontrar alguns amigos, foi ótimo pois serviu para a gente descontrair e relaxar a tensão. No dia da competição acordamos bem cedo, tomamos um café reforçadíssimo, fizemos os últimos ajustes nas bikes e logo a seguir seguimos de bike para a cidade, que era bem pertinho. Nosso amigo Paulinho que iria participar na pró saiu um pouco mais cedo, pois sua prova começaria bem antes da nossa. Segui para o local da largada, juntamente com o Jefferson, mas infelizmente cometi um vacilo e acabei caindo, foi um tombo sem explicação, a estrada era de asfalto e muito boa, penso que estava tenso por isso meus reflexos e atençaõ estavam um pouco prejudicados. Mas o fato é que esse tombo abalou minha auto confiança, E PENSEI COMIGO MESMO: "SE JÁ ESTOU CAINDO ANTES... IMAGINA DURANTE A CORRIDA !!!", a partir dali já fiquei bem inseguro, mas mesmo assim segui em frente. Nos reunimos para a largada, quando faltavam cerca de 15 minutos comecei a me sentir mal, e seguindo os conselhos de Torres e Jefferson eu fui para o posto médico. O médico me falou que não era nada grave, tudo era causado pelo susto com o tombo aliado ao stress pré prova, me disse que aguardasse um pouco que melhoraria dentro de pouco tempo. De fato poucos minutos depois melhorei, mas a largada já havia sido dada, pensei seriamente em desistir, mas como havia viajado muitos kms para estar ali e minha vontade de participar era muito grande eu rapidamente, em questão de segundos, mudei de idéia e resolvi participar, e fosse o que Deus quisesse. Corri e montei na bike e fui o último dos últimos a partir. Ainda estava meio inseguro, mas não haveria problemas pois caso me sentisse mal novamente eu simplesmente pararia e abandonaria a prova. Mas ter saído por último fez com que eu ficasse preso nos engarrafamentos de bike, eram muitas, muitas mesmo (vide fotos), e quando chegava nas subidas, mesmo nas mais fáceis, não havia como pedalar, a única alternativa era empurrar. Mas tive uma paciência de jó e aos poucos fui conseguindo furar o bloqueio causado pela multidão de bikers, e, algum tempo depois consegui deixar o pelotão de retardatários para trás, mas nessa altura dos acontecimentos já tinha perdido muito tempo. Sem aquele mundaréu de gente ao meu lado tudo se tornou mais fácil, e a medida que pedalava ia me sentindo cada vez melhor, relaxei e até consegui apreciar a beleza da região, principalmente da pedra do baú. Foi tudo bem, mas logo começaram as subidas. No começo eram subidas light, mas depois tivemos que enfrentar uma serra enorme, cerca de 10 kms de subida, mais ou menos parecido com o subidão da torre do mauá. Essa subida foi extremamente cansativa e demorada, mas felizmente havia ponto de água, fui persistente e acabei por chegar no topo. A partir dali tivemos muitas descidas e atravessamos uns trechos de asfalto, essa parte foi moleza, uma delícia, mas eis que de repente entramos numa trilha, foi aí que me dei conta que era o famoso e cascudo zig-zag. Essa trilha é bem radical, difícil descrever , mas a grosso modo é uma trilha bem estreita, uma descida, ali temos que pedalar em meio de valetas de nossa altura, precisamos descer rampas bem íngremes, outras vezes a trilha era bem ao lado de barrancos e se caíssemos dali a queda seria feia. Em certos trechos os zig- zag é relativamente fácil, tirei umas poucas fotos, confiram para terem uma melhor idéia. Nessa trilha ví alguns acidentes, e 2 pessoas acometidas por fortes cãimbras. Como estava um pouco receoso, resolvi abaixar um pouco o selim para atravessar os trechos mais difíceis com mais segurança, fui relativamente bem e poucas vezes empurrei, mas mesmo assim teve certa hora que desci muito rápido da bike e acabei escorregando e caindo bem próximo a cerca, mas nada grave, só susto, um arranhão no traseiro e a bermuda presa no arame farpado. Segui em frente devagar e com cautela, e a certa hora avistei nossa amiga Alexa que estava junto com o Fabinho, ela me disse que tinha caído e achava que tinha deslocado o ombro, e estava esperando o resgate. Fiquei chateado, mas não havia o que fazer, a não ser aguardar pelo socorro. Segui em frente e a trilha ficou fácil novamente, e logo estávamos mais uma vez, em estrada de terra. Nesse trecho final eu corri muito para tentar recuperar o tempo perdido, estava bem animado, mas de repente para minha surpresa apareceu outra subida, fiquei chateado pois em minha opinião a subida da serra já havia sido bem mais do que o suficiente. Mas essa subida era curta, e eu apesar de já estar com as energias praticamente esgotadas, tive muita força de vontade e determinação e cheguei no topo pedalando. Enfrentei uma descida e trechos relativamente planos, logo ví uma placa indicando que faltava um Km, fiquei super feliz ao saber que estava terminando, mas infelizmente, mais uma vez, para minha desagradável surpresa, ainda havia um outro subidão, curto, porém extremamente íngreme e cansativo, fiquei revoltado, mas não havia o que fazer, pedalar ou empurrar era preciso. Como já estava acabando mesmo, fiz das tripas coração e mandei ver, pedalei muito, já estava até tonto de tanto cansaço, mas reuni minhas últimas energias e continuei a pedalar, fui subindo aos trancos e barrancos, mas felizmente cheguei no topo....ufa .. que alívio... mal acreditei que a corrida finalmente estava terminando. Mandei ver no trecho final, estava super feliz, pensei que seria estrada até a reta final, mas, novamente, mais uma vez, de novo, eu estava equivocado, pois de repente apareceu uma placa indicando para dentro de uma trilha em meio a mata fechada, fiquei chateado e novamente preocupado, achei que seria uma trilha parecida com o zig-zag, mas felizmente não era nada disso, era apenas uma trilha bem curta, fácil e bonita que dava na reta final. Atravessei a trilha rapidinho e logo no final dela, para minha agradável surpresa me deparei com o Torrão e sua esposa Alice que estavam fotografando a chegada do amigos. Fiquei feliz de ver o Torrão e mais feliz ainda de chegar na reta final. Ultrapassei a linha de chegada, recebi minha merecida medalha e imediatamente fui procurar uma sombra para deitar e descansar. Assim que cheguei na sombra ví que o pneu dianteiro estava esvaziando....caramba ... pensei comigo mesmo que sorte...foi furar logo na linha de chegada. Mas é isso aí: valeu muito a pena, apesar dos perrengues que passei gostei demais. Em tempo todos nossos amigos foram super bem e terminaram a prova numa boa.

Um comentário:

Michel Schanuel Girardi disse...

Agora é fato: toda grande competição tem garantida a presença do Jorge! Tomou mesmo gosto pela coisa.rsrs Vai ficar famoso :)

Abraço!